terça-feira, 15 de outubro de 2013

FALECIMENTO DE CHICO SALGADO

... Amanhece o dia em Cataguases. O calendário nos mostra o dia 15 de outubro de 2013. A cidade acorda sem o seu maior carnavalesco de todos os tempos. Estou me referindo ao Chico Salgado (75), como era conhecido.


A terra está triste, o céu está alegre no aguardo de mais uma estrela brilhante e ofegante de encantos mil. Com ela vão também a Vendedora de Balões e bugingangas, o Rei Zulu e o Pierrot. Vão a Colombina, o Arlequim, o Cacique de Penas, a Nega Maluca e também um qualquer Debret.

No mundo da imaginação - Seria uma maravilha se todas as Escolas de Sambas de Cataguases o homenageassem no próximo carnaval. Então na Passarela Expedito Liberato, muitos Joãos e Josés com sambas nos pés, íam, com certeza fazerem todos os paralelepípedos se arrepiarem, quando o som dos altos falantes anunciarem: Venha Chico, volte Chico nosso grande folião, ilumine essa avenida alegrando a multidão.

Chico, quando você estiver lá em cima, procure o “seu” Emílio, o Cabedal, o Ormeu, o Zé Pretinho, o Tito Rodrigues e o Jorge Vassalo e funde o invenssível Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Céu.

O Sepultamanto do Chico, será às 16.00h no Cemitério São José, em Cataguases.

sábado, 12 de outubro de 2013

ENTREVISTA COM O MÁGICO Mr. EMANUEL MESSIAS.

http://www.guiadomagico.com/?p=2808

Cataguases é uma cidade mineira conhecida por sua arquitetura modernista. Terra de obras de importantes nomes da arquitetura como Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Burle Marx e de polo industrial fervoroso de Tecelagem, Reciclagem de papel e Produção de algodão, possui outras riquezas em Artes, como Cinema, Música, Teatro e Literatura. Com pouco mais de 70 mil habitantes, a “Terra de gente boa!” também possui um de nossos companheiros de trabalho. O Mágico Mr. Emanuel Messias se destaca por fazer parte desta riqueza de vertentes, tanto na música, quanto na Arte Mágica. E é com ele que iremos conversar hoje!

Emanuel gostaria de agradecer a oportunidade, é um grande prazer pra mim, como amigo e admirador de seu trabalho. Como foi o seu primeiro contato com Mágica? O que fez despertar este seu interesse pela Arte?
Por volta de 1973/74. Um tio meu (Helbert) trabalhava como relojoeiro na sala da casa em que morávamos e fazia alguns números com baralhos, moedas, lenços e outros pequenos objetos caseiros. E qual o garoto não se apaixonaria para a Mágica, tendo um privilégio de conviver todo o dia com um Mágico? Meu interesse foi por intermédio deste convívio.

Com quantos anos você começou a se apresentar? Como foi sua primeira apresentação?
Com 13 para 14 anos e a minha primeira apresentação em público foi no dia das mães do ano de 1975 na escola em que estudava, em Cataguases MG – SENAI. Nesta primeira apresentação, apresentei alguns números que tinha adquirido do Morgado. Lembro também que coloquei minha cabeça na Caixa de Espadas, para que esse meu tio penetrasse a caixa com as espadas.

Já vi muitas apresentações suas, com muitos números de palco e salão, mas também ótimos Close-ups. Qual é sua categoria de Mágica preferida?
Eu não tenho uma “categoria” ou um estilo de Mágica preferido. Aprecio todas elas, são fabulosas, cada uma com sua particularidade. Falou que é Mágica, eu gosto e admiro todos os estilos, mas 90% de minhas apresentações são números de salão.

Como é sua rotina com a Arte? Você está sempre treinando? Como você se organiza?
Eu sempre monto um show novo (uma rotina nova) no mês de Agosto/Setembro de cada ano, inclusive com nova trilha sonora; Entre um show e outro, sempre intercalo alguns números diferentes para que meu show não fique repetitivo, uma vez que trabalho em cidades do interior. Estou sempre ensaiando, vendo vídeos, ajustando técnicas e criando algumas rotinas novas em torno de algumas antigas. Com isto consigo transformar um número dito “ultrapassado” numa mágica atual, me dando prazer em executá-la, como se eu nunca estivesse feito. Quando me perguntam como eu concilio e me organizo como Mágico, tendo em vista ser também músico e contador, eu sempre digo: “Só fazendo Mágica!” (risos)

Talvez uma das coisas mais preocupantes do Mágico é quando algo não sai como esperado. Quando isso acontece com você, como você se comporta? Há sempre uma carta na manga? Poderia dar um exemplo em que esteve em maus lençóis?
De vez em quando nós mágicos passamos por situações inesperadas durante um show, seja por mau funcionamento do equipamento, por espectadores ou mesmo por falha… Não posso mentir que isso nunca aconteceu comigo. Quando acontece, sempre ajo como se nada estivesse acontecendo e procuro sair da situação naturalmente e na maioria das vezesa platéia nem percebe. O detalhe de ter uma carta na manga é fundamental. A minha é o último número, que nunca faço. Sempre termino meu show como se a penúltima mágica fosse a última… Pois se esta falhar, tenho a derradeira na manga, ali, 100% garantida. Na última semana mesmo fiquei em maus lençóis! Ao apresentar As Algemas, chamei o espectador para algemá-lo (mostrando assim que se tratava de uma algema dita verdadeira), mas ao enfiar a mão no bolso deparei que não tinha levado a chave da mesma, daí disse a ele: esse objeto lhe é familiar? Você já algemou alguém? A platéia riu e eu não dei sequência com o número. Perguntei se alguém tinha achado uma chave no salão e se tivesse que me entregasse porque eu teria que usar aquela algema naquela noite. Estava atuando para uma platéia adulta (era um aniversário de 55 anos!).

O que você acha do cenário Mágico do Brasil? Em sua opinião o Mágico no país ainda é visto somente como aquele que anima aniversários de criança ou você acredita que esse estereótipo vem mudando com o tempo?
No Brasil temos grandes Mágicos. Só indo a um Congresso para ver. A mídia explora esse lado, mas no meu ponto de vista deveria explorar ainda mais, quem sabe 0,01% do que exploram das músicas. Em outros países acontecem diversos shows exclusivos e televisivos. Shows que percorrem o mundo inteiro. No Brasil acontecem vários Congressos e Festivais fantásticos, mas acho que poderia acontecer mais. Não temos um programa inteiro só de Mágica… Sei das dificuldades das realizações por parte dos organizadores, patrocínio é difícil, empresários não acreditam… E aí pinta um tal de Mr. M, eles acham que com aquilo a Mágica acabou, que ele revelou tudo e desempregou milhares. Não acredito que os Mágicos do Brasil são vistos somente como animadores em festas de aniversários, embora saiba que 90% de todos eles atuam nesta área.

Atualmente os novos Mágicos estão deixando de lado aquela figura mística que utiliza paletós e cartola e estão partindo talvez para um lado mais social. O que mudou em sua opinião, desde seu início na Mágica até os dias de hoje? Você acha que este simples fato da mudança do personagem Mágico/Ilusionista influência no resultado final?
Comecei usando cartola, entrando em cena com uma bengala e calçado de luvas. Um charme em minha opinião. Essa prática mudou muito. Eu tenho vários figurinos e digo a vocês: muitos que me ligam, perguntam se eu tenho a roupa de mágico. Se o artista chegar num palco com um simples traje social ele é apenas um artista qualquer que está ali, ninguém sabe se ele vai cantar, contar piada, etc… Agora se ele chegar com o traje apropriado, ele é um mágico, ele faz acontecer. Eu vou de acordo com o contratante. Quando não perguntam nada eu vou como um Mágico de verdade.

Fazer Mágica é realizar o inimaginável e com isso arrancar o sorriso incrédulo do espectador. Qual foi sua maior experiência com Mágica, aquele momento em que você parou e refletiu: “O que eu faço é realmente mágico, não posso parar!”.
Toda apresentação pra mim é especial. Aqui o incrível é possível, o inimaginável é imaginável e é claro e o impossível não só é possível como também é provável. Ao ouvir essa frase dita pelo Mágico Doug Henning (meu Mágico preferido) eu realmente acredito na Mágica, em todos os sentidos e com isso eu nunca posso nem sequer pensar em parar… Não é demais? Muitas pessoas que se interessam pela Arte e ingressam nesse meio acabam parando, pois acham que é necessário somente aprender a fazer Mágica e acabam não se empenhando fielmente.

Um Mágico deve saber muita coisa além dos segredos. Quais conselhos você daria para quem está começando nesse meio? O que fazer para melhorar sempre?
Existem os que querem saber Mágica, os curiosos e os Mágicos. Saber segredos é uma coisa, fazer Mágica e outra e ser um Mágico é outra totalmente diferente. Além dos segredos, o interessado tem que ter técnica. Costumo dizer que não é a pessoa que escolhe a Mágica e sim a Mágica que escolhe o Mágico. Para quem tem interesse em começar na Arte Mágica eu aconselho que primeiramente passe a freqüentar reuniões de grupos Mágicos de sua cidade ou que contate com algum Mágico de seu conhecimento o relacionamento para os primeiros passos, mas antes diga que você quer ser um Mágico… E se você não tem nenhum conhecido ou grupos na sua cidade, que procure saber onde tem ou haverá encontros, festivais, congressos e se cadastre como congressista. Sei que será aceito e terá todos os ensinamentos necessários. Apenas comprar Mágicas pela internet não seria tudo.
“Ah! Minha cidade fica longe de onde vai ter um Festival!”. Amigo, não poupe esforços. Se você quer ser um Mágico, você tem que participar de um Festival de Mágicas, tem que se inserir no meio atuante.

Emanuel, eu gostaria de agradecer imensamente a você por esse bate-papo. Para quem quiser conhecer mais sobre seu trabalho, lhe contratar para eventos, shows, workshops e etc qual é o procedimento?
Com esse mundo encantado que temos em mãos, a internet, tudo é fácil para o nosso contato. No youtube, facebook, google ou blog é só procurar pelo Mágico Mr. EMANUEL MESSIAS ou mesmo Mágico de Cataguases.

Para contatos via e-mail:
grupoaero@terra.com.br
emmagic@uai.com.br
O meu site: http://www.emmagic.uaivip.com.br/
Na home Page tem de tudo: endereço, telefones e um pouco do Mágico Mr. Emanuel Messias.
Agradeço a oportunidade, foi um grande prazer contribuir com este universo. Sucesso a todos vocês do Guia do Mágico e parabéns pelo trabalho de vocês e fico muito honrado em fazer parte deste grupo.
 

BENITO DI PAULA em MIRAÍ MG



Milton Miranda, como Presidente e Eu, como Conselheiro da FUNFABRE (Fundação Francisco Bilheiro) e Presidente da ACRIAR (Ass. Dos Criadores de Artes de Cataguases) estivemos no camarim do cantor e compositor Benito di Paula, no último dia 11 quando da realização do show daquele cantor e compositor. 


Benito di Paula influenciou na minha formação musical. Comecei a tocar violão (1975) ouvindo as músicas de Benito que comandava o Programa Brasil Som 75, exibido na antiga Tv Tupi.

Durante sua apresentação em Mirai MG, Benito ficou à vontade no palco e também no camarim, onde estivemos. No palco autografou CDs e Discos de fãs, além de autografar ainda um DVD dito Pirata. Filmei tudo de longe... ele nem percebeu, estava em pleno show. 

 

 Convidou crianças e compartilhou com elas o seu microfone e também seu piano.

Teve ao seu lado um presente, talvez o seu maior orgulho: Seu filho Rodrigo Veloso, com interpretações de suas canções memoráveis. Seu irmão e seu sobrinho também estavam na banda, que por sinal tem um pique e um breque de dar inveja.

Falou e interpretou seu Mestre, Ataulfo Alves e disse da emoção de estar ali, naquele palco daquela cidade, ao lado da Praça e perto da Matriz da “cidadezinha” de Mirai.




Para sua surpresa ainda maior, eis que chega ao palco, como num passe de mágica,  Ataulfo Alves Júnior e os dois se emocionam com as canções daquele que lá dos céus, como uma estrela, observava calado aquele momento único.

Quando Benito começou a cantar Retalhos de Cetim, percebi que já tinha uma hora e quarenta minutos de show e faltava ainda muita coisa de seu repertório. Então pensei comigo: Será que vai varar a noite? Veio então Charlie Brown... Benito nem cantou, era um coro só da plateia acompanhada por sua banda e terminou com Mulher Brasileira, onde carinhosamente cantava: Mulher de Mirai em primeiro lugar.

Este show acredite vocês, foi para o Benito di Paula ou será que tudo já estava programado? Vocês decidem.

Por 
Emanuel Messias.

Fotos: Silvan Alves & Marcelo Lopes 



 
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