sábado, 25 de dezembro de 2021

DESEJOS DE MUITOS, CONQUISTAS DE POUCOS

O NATAL NO TEMPO DE MINHA INFÂNCIA - SEGUNDO ATO


Vinte e cinco de dezembro, o mundo cristão se prepara para celebrar a mais notável das suas solenidades. A data não muda, mas as atividades são outras.

São 8 horas, saí para ir à Padaria, pois os padeiros não colocam mais os pães em nossas janelas! Passei pelas mesmas ruas, praças e calçadas do passado. Tudo parado e quieto. As cores do dia estão mais belas com a luz do sol. Será que não existe mais o Papai Noel? Onde estão as crianças exibindo seus presentes? Cadê aquele Soldadinho de Chumbo, aquela Espingarda de Rolha e o Ludo Real, que salta de sonho em sonho? Onde foram parar as Barbie’s e as Susi’s?
Eu acredito em sonhos, acredito na fantasia e acredito na magia do natal. As crianças de hoje não saem mais às ruas para exibirem os seus presentes de Natal. Brincam dentro de casa. Ficam na Internet e não desgrudam de seus smartphone. Será que eles imaginam que um dia existiu O Banco Imobiliário?

domingo, 28 de novembro de 2021

11 EMANUEL MESSIAS Convida Gerê

13 EMANUEL MESSIAS Convida Eliezer Ávila

12 EMANUEL MESSIAS Convida Ronaldo Werneck

CARDÁPIO MÁGICO Food To Go

ACIMA DA ABL

 Da novela pecuária Fazenda Modelo (1974) a um gosto amargo na boca de uma quase trama em Estorvo (1991);

Daquele ex-modelo adulto fracassado Benjamim (1995) à história do escritor fantasma José Costa em Budapeste (2003);

Da habilidade da fala de um idoso em Leite Derramado (2009) ao seu Irmão Alemão (2014);
Daquele escritor que não mantém relações sociais e familiares saudáveis, veio o Essa Gente (2019), que pode ser eu ou pode ser você, escrito em forma de diário...

Chico nos brinda agora com uma coletânea Anos de Chumbo e outros contos (2021) onde ele, em um dos contos do livro, amarra todas as histórias por meios de lembranças de um menino paralisado em decorrência da Poliomielite (doença contagiosa), no início da década de 1970, no período mais cruel da ditadura militar. A tensão, crescente de todos os contos do livro, não me deixou afastar um só minuto das narrativas.



Chico está acima da ABL. Esta é a minha opinião, e a sua?

sábado, 21 de agosto de 2021

segunda-feira, 17 de maio de 2021

ROBERTÃO, Um exemplo de treinador de Futebol


A ACRIAR, a ANCC e a Emadu Filmes, deixa aqui a sua homenagem ao Robertão (28-05-1933 # 17-05-2021).

“Quantos jogadores de futebol de Cataguases e Região podem dizer: Eu tive a honra de ser treinado pelo Robertão, um profissional talentoso e generoso com seus jogadores”.

Praticar o esporte mais popular do mundo e ainda ter a regência de um verdadeiro mestre é uma honra para qualquer atleta. Cataguases teve o privilégio de ter um técnico de futebol que dedicou vários anos de sua vida ao Futebol local, principalmente ao Flamengo (de Cataguases), além de ser um grande líder, ele era também parceiros de seus jogadores.

A ACRIAR – Associação dos Criadores de Arte de Cataguases, fez uma entrevista com ele em 2008, e estamos divulgando agora na íntegra para você que ama o futebol e as boas histórias dentro das quatro linhas do gramado. Vale a pena conferir cada minuto desta entrevista.

O Nena, Caburé, Ludo, Panzinha, Cuca, Otinho, Sarrafo, Jorge Coleiro, Waldir Cambota, Beth, Jaú, Ponté, Ary Ramalho, Mundim, Mané Bonitinho, Fernandinho Papagaio, Chicão, Evandro, Cifilho, Ulisses, Dinheiro, Cari, Emílio, Dedé, Jaime Preto, Raulzinho, Itacir Timbó, Rui, Vanir Franzini e o Plácido, já estão lá te esperando para você fazer distribuir as camisas e fazer a escalação, pois o jogo está muito difícil e o Coramba está sentindo a sua falta.


sábado, 15 de maio de 2021

Programa Acontecendo GRUPO AERO com Chico Monteiro


A grandeza do amor repousa invariavelmente na conjugação do verbo servir. “Emmanuel”.
Você nosso Amigo Francisco Monteiro, semeou aqui entre nós a grandeza do seu amor. Serviu aos mais necessitados com a pureza de um ser iluminado. O seu dom foi lapidado e você se aprimorou num homem do bem.
Você nos inspirou, nos estimulou e nos orientou em todos os nossos projetos e realizações além também de ser nosso conselheiro. Nós do Grupo Aero e eu particularmente, lhe devemos uma gratidão eterna.
Posto aqui, uma entrevista (inédita no youtube) que lhe concedemos, para o Sistema Maxin de Comunicações, há 7 anos, quando o Grupo Aero estava preparando para o lançamento do seu 3º Cd, O Sensual.
O corpo do nosso Amigo foi velado na Loja Maçônica de Rio Novo MG e será sepultado aconteceu às 17.00h do dia 15-05-2021 no cemitério daquela cidade.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

sábado, 24 de abril de 2021

domingo, 14 de março de 2021

O HOMEM MAIS FORTE DO PLANETA

 O HOMEM MAIS FORTE DO PLANETA

Eu me lembro muito bem o dia em que eu estava indo para o Grupo Escolar Coronel Vieira, onde cursava o primário. Aquele grande alvoroço na Av. Astolfo Dutra, em minha cidade de Cataguases. Um Opala vermelho anunciava a chegada de uma tourada e outras atrações artísticas. O veículo era seguido por vários artistas da trupe, uns fazendo malabares, outros engolindo fogo, contorcionistas, etc... e mais atrás vários touros em desfile, e por último, dentro de uma carreta reboque toda gradeada, um enorme touro. Aquilo me deu a impressão de que aquele touro era o touro mais bravo daquela equipe.
Num terreno, na Rua Nogueira Neves, onde jogávamos nossas peladas nos fins de tarde, perto da antiga Casa Henriques Felipe, os homens descarregavam um caminhão cheio de tábuas, grades, ferros e cadeiras, para montar uma arena, onde seria apresentada as atrações da anunciada tauromaquia. Um pano muito grande estendido no chão, seria a lona daquele show. O que não demorou nada para que aquele terreno, meio de terra, meio de grama, quase que abandonado, tomasse uma outra forma, se modificando rapidamente. Luzes coloridas ao redor piscavam constantemente e tudo já estava preparado para a grande noite de estreia que aconteceria no dia seguinte.
Na minha cidade as distrações naquela época eram só o cinema, e uma tourada fez com que toda a cidade se movimentasse e comentasse a respeito. Afinal a cidade precisaria de uma distração diferente, pois os circos e o Parque Philadelphia, que se montavam anualmente, já não chamavam mais tanta a atenção assim.
Os anúncios pelas ruas da cidade e na Rádio local, davam um destaque na convocação para um desafio maior: Eles procuravam qualquer pessoa da cidade ou da região, para lutar com o Testa de Ferro, um lutador de luta livre que percorria todo o Brasil obtendo muito sucesso em seus combates e oferecia a este pretendente, caso vencesse a luta um bom prêmio em dinheiro, não me lembro bem do valor, mas era significativo. Convocava também peões de boiadeiros para tentar montar os mais bonitos touros da Companhia.
Enfim chegou o dia da estreia. As filas para os ingressos eram enormes, faziam voltas em volta da arena e nem se sabia se todos que ali estavam, iam ter seus lugares assegurados, pois os espaços internos não eram lá tão grande assim.
Busco lá no fundo da minha memória, eu e meu tio Beth com os ingressos nas mãos e entrando para assistir o fabuloso espetáculo prometido de estreia, que foi muito anunciado. Assentamos nas arquibancadas e eu eufórico estava ali, não acreditando que ia ver pela primeira vez uma tourada.
O gongo anuncia que o espetáculo vai começar. Algumas dançarinas entram em cena, em meio às serragens espalhadas na arena e começam a dançar ao som de um flamenco.
Abaixada a poeira provocada pelas dançarinas é anunciado o Mágico Gregório que entra em cena com um traje muito elegante, de fraque e cartola, em meio uma fumaça provocada pela equipe de direção. Ele então convida uma moça da plateia e a introduz em uma caixa quadrada bem grande. Várias espadas e lanças são introduzidas na caixa, atravessando-a de um lado ao outro. Neste momento meu tio me diz: “... Essa moça faz parte desta equipe da tourada”. - Como ele sabia disso? A minha resposta ficou no ar. Após o Mágico introduzir a última lança na caixa, a mesma é aberta e a moça já não está mais ali, ela tinha desaparecido. A caixa não tinha nenhuma saída secreta, foi antes examinada e além do mais, estava no meio da arena, e todos os espectadores ao seu redor. O Mágico gira a caixa em trezentos e sessenta graus para mostrar a autenticidade do aparelho e tirando quaisquer dúvidas que poderia existir dos espectadores. A caixa então é fechada pelo Mágico. As espadas e lanças são retiradas e ao abrir novamente a caixa, a moça está em seu interior e sai intacta, voltando para o seu acento na assistência e ambos recebem os merecidos aplausos.
A próxima atração era o Peões de boiadeiros para arriscarem suas vidas em cima dos mais valentes touros da Companhia e ganhar os prêmios oferecidos. Lembro que nenhum deles conseguiu seu êxito, pois não passavam de um, dois, segundos em cima dos touros, e a Companhia exigia oito segundos. Sempre aparecia em cena um palhaço muito engraçado para socorrer os peões que muitas vezes caiam meio sem jeito ao chão.
O apresentador do espetáculo chama então os lutadores de luta livre, para que entrem em cena: Com vocês Ilton Carrara, Carbono, Chico Pena, entre outros que não me lembro o nome. Eles lutam entre si, mas só depois, muito depois é que descobri que aquelas lutas tinha um jeitinho especial, mas eram perfeitas e faziam todos vibrarem.
A penúltima atração é anunciada: - Com vocês Pedrinho Homero, o mais respeitado Toureiro do Brasil, tem passagem pelo México, Peru, Colômbia, Espanha, Portugal e Paris. Homero entra em cena trajando camisa branca, calça preta e meias cor de rosa e com um “chaleco” curto com muitos bordados sobre a camisa. Usa “zapatilhas” pretas e tem e seu ombro uma capa vermelha pendurada. Uma total elegância.
Um touro é trazido à arena e este já chega correndo desesperadamente ao redor da mesma. Pedrinho Homero está no centro da arena e avalia o comportamento do animal sem fazer nenhum movimento. Em seguida começa a provocar o animal com o seu “capote” vermelho. Mas a habilidade do Homero, fala mais alto, era clássica e foi fundamental para em pouco tempo cansar o touro, até que ele desistisse de o atacar. Tudo foi maravilhoso. O touro sai de cena e Homero é ovacionado.
O espetáculo estava chegando ao fim, só faltava agora aparecer o desafiante para lutar com o temido lutador Testa de Ferro. Então Testa de Ferro é apresentado ao público como sendo o mais poderoso e o mais importante homem daquela Companhia. Aquele mulato forte de coxas torneadas e musculosas, ele veste um Short tipo Muay Thai e tem seu corpo parcialmente coberto com uma capa preta, com forro vermelho e em suas costas bordado em amarelo ouro, está o seu nome: Testa de Ferro. A sua frente uma mulher de maiô tipo body com bojo cavado de cor preto texturizado, o acompanha. Ele tem uma de suas mãos apoiada no ombro da bela moça.
O seu sparring vem em seguida e retira a capa que cobria o corpo do lutador, aí todos podem observar o seu tórax de Superman.
O anunciador do espetáculo faz então o desafio, oferecendo uma boa quantia em dinheiro para quem quisesse lutar com o Testa de Ferro. Naquelas alturas ninguém se prontificava ao desafio. Faz a primeira, segunda e terceira chamada e nada de nada. Ninguém se habilita? Pergunta o anunciador. Então eu pensei comigo: Será que o espetáculo vai terminar assim e eu não vou ver o Testa de Ferro lutar?
Um, dois, três minutos se passaram... Então eis que o anunciador chama Juvenal. Ele vem acorrentado e segurado por quatro homens bem forte. A ele todas as reses da Companhia tem respeito.
Juvenal era o Bom Boi, uma espécie de Bos Taurus, o “Conselheiro-mór” da Companhia. Então todos, inclusive eu pensava: Será que o Testa de Ferro vai lutar com esse touro?
Juvenal é levado para um dos cantos do picadeiro, Testa de Ferro está do outro lado. Juvenal de olhos arregalados, possuído de fúria aguardando para ser solto e atacar de vez que estivesse à sua frente e neste caso era o Testa de Ferro que também tem seu olhar fixo no oponente adversário.
Um apito longo soa no ar. Juvenal é desacorrentado e solto. Todos estão em silêncio e aflitos para ver o que vai acontecer. Em questão de segundos Juvenal parte com tudo para cima do Testa de Ferro que também em questão de segundos coloca um dos seus joelhos ao chão dobrando um pouco a outra perna. Juvenal muito rápido e sem dó, dá uma cabeçada no peito do Testa de Ferro que o segura pelos chifres, deixando Juvenal imóvel.
A plateia então esquece daquele silêncio e apreensão e vai ao delírio. Juvenal está caído, se movimentando e brigando muito para se livrar dos braços fortes do Testa de Ferro. Neste momento eu pensei com meus botões refletindo: Este é o homem mais forte do planeta.
Ainda com Juvenal no chão, caído, o apresentador do espetáculo volta ao picadeiro para anunciar que no dia seguinte tinha outra sessão, com touradas e outras atrações inéditas, e que o desafio agora para enfrentar o lutador Testa de Ferro seria em dobro. Dá um até amanhã e agradece aos presentes.
Muito tumulto na saída e eu não fiquei sabendo se durante os três dias que a tourada esteve na minha cidade, teve alguém que levasse aquela bolada de dinheiro, desafiando o homem mais forte do planeta.
Escrito por Emanuel Messias - Março de 2021
Revisado por Chiquinho Fernandes.

domingo, 7 de março de 2021

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021