quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A PRACINHA DO DR LYDIO em minha Memória

A Praça é a mesma, ”Pracinha do Dr. Lydio” (Praça Sandoval Azevedo). O banco não é o mesmo e não há mais o Farolito (Cachorro da família). No dia 29/09/1959 (data no verso da foto), eu estava ali naquela Praça de terra, que só veio a ser calçada nos final dos anos 60, eu já tinha lá meus 12 anos. Lembro-me bem de voltar para a casa na Rua Professor Alcântara com os pés empoeirados, às vezes com os joelhos ralados e unhas dos dedos do pé sangrando, provocado pelos maus chutes nas bolas de meias, das “peladas” que por ali disputávamos.

Tinha o Nilson Russi , Robson Matos , Manoel Codorna (in-memorian), Neneco e o Antônio Guilherme... Onde anda o Dodó? A vida era mais poética. Ouvia o programa do Nerval Rosa na Rádio Cataguases, e muitas vezes vi a Banda do Ivo Azevedo tocar. Molhava os Caramujos comprados na Padaria Cabral no café preto, coado no coador de pano pela minha avó Dolores (18/12/1899 / 10/10/1989), enquanto minha mãe "tocava" um tear na lá fábrica de panos dos Peixotos.
Na Praça tinha balanço, gangorras e as crianças não paravam de correr atrás de um Pique Salve. Tinha o Pipoqueiro e o Papai Noel morava ali em frente.
O tempo passou muito depressa... Adquirimos maturidade e perdemos a inocência da infância... Como seria maravilhoso se a gente não perdesse aquela inocência, pois se assim fosse conseguíamos enxergar o mundo sem perder a fé nos homens.